coldfire

Descrito como diário, diariamente descrito. Contraditório nos objetivos, objetivamente contraditório. Pegue uma cadeira e sente-se.

quarta-feira, março 15, 2006

Mão de mãe

Eu sempre acostumei a ouvir que a necessidade é a mãe da invenção, dizem agora que a invenção é a mãe da necessidade. A idéia pode parecer paradoxal a princípio, quando se imagina que a invenção surge a partir de uma necessidade; o que não é obrigatoriamente falso e confirma o primeiro ditado. Os serviços postais, os telefones fixo e móvel surgem da necessidade de se estabelecer uma comunicação eficiente à distância. Suas melhorias ao longo da história são uma causalidade. Mesmo embora a necessidade tenha surgido antes da invenção, a necessidade do uso do telefone celular hoje, por exemplo, é fruto da sua invenção muito mais do que da proposta inicial de necessidade de comunicação.

O celular se tornou um dos produtos mais frutíferos do marketing: seu apelo é forte, sua produção e distribuição são virais. Muito mais que um aparelho para realizar ligações, faz não só cálculos matemáticos como acessa a internet e exibe programação de certas transmissoras de televisão, o telefone móvel é demarcador de status e alvo de cobiça. Agrega-se valores supérfluos e os vendem como sonhos ou como recursos indispensáveis.

Dentre a necessidade da invenção e a invenção da necessidade, apelo à Bill Watterson, cartunista criador de Calvin & Hobbes, que descreve as mães como a necessidade da invenção. Se não existissem as mães, teriam que ser inventadas em uma primeira instância para se garantir assim a inventabilidade de todo o resto.

6 Comentário(s):

16 março, 2006 19:07, Anonymous Anônimo diz:

Seu texto não apresenta coerência, muito menos um amplo campo semântico. Há falta de elementos coesivos e estruturação morfológica de algumas palavras dentro do texto em discussão, a qual faço referências.
:D

 
16 março, 2006 21:13, Blogger Rafael diz:

Convido o anônimo a assinar pelo menos o primeiro nome, isso não o identificará, mas torna toda a coisa um pouco mais nominal e pessoal. :]

Quanto ao texto, achei o desfecho um tanto quanto romântico e poético. Não acham - supondo que exista mais que um leitor?

 
16 março, 2006 21:23, Anonymous Anônimo diz:

Não me parece coerente assinar o primeiro nome sendo que sou anônimo.
(Supondo que exista mais que um leitor) - Seu texto apresenta traços realistas, porém me parece um tanto quanto ilusório a idéia de que "senão existissem as mães, teriam que ser inventadas em uma primeira instância para se garantir assim a inventabilidade de todo o resto".

 
23 março, 2006 17:44, Anonymous Anônimo diz:

Muito me fez pensar o texto, mas daí eu abri o olho.
lembrei que pensar é estar doente dos olhos.

 
25 março, 2006 22:19, Anonymous Anônimo diz:

Como a necessidade vem antes da invenção, se foi preciso inventar a necessidade para que ela existisse?
...se é que indagas isso...

 
29 julho, 2006 17:23, Anonymous Anônimo diz:

Estou revoltada com "o anônimo". Sua crítica não parece intelectual, mas pessoal. Será que ele não consegue compreender o que é uma reflexão??? Você não está fazendo uma dissertação escolar... Acredito em algo que talvez nunca chegue aos ouvidos de "o anônimo", mas ele precisa ler crônicas (Rubem Alves ajudaria). Mudaria tudo.
Outra coisa que me revolta, a falta de exemplos. Tudo bem se "o anônimo" acha que falta elementos coesivos ou que o texto tenha problemas de estruturação morfológica... mas ele poderia exemplificar. Assim, provaria que sabe o que está falando.
Rafa, olha... adorei a conclusão. Você é sempre muito perspicaz.

 

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