To be continued...
Se era palhaço realmente ou apenas se passava por um, não importa; importa é que todos estavam ali. Pensem vocês, talvez, num todo alegórico, exagerado. Eu digo todos, literalmente: Dona Tuca, Tia Zizi, Maria Preta e toda aquela infinidade de primos, ajuntados e noras e sogros e conhecidos. Ninguém sabia exatamente o que faziam ali. Se é que faziam, de fato, algo.
E o calor era de matar. Suava a maioria em bicas, que, se represado todo aquele líquido, faria inundar a cidade sem planejamento pra escoamento d'água. Mas era quase nada pavimentado aquele lugar e o suor tinha pr'onde correr então. Passou das cinco e ninguém reparou direito. Por causa do sol, pode ser. Seu Carlos já tinha começado seu discurso inflamado contra o atraso, inflado de palavrões. Aquelas palavras não eram suaves, reconheço. Não eram, de alguma forma, ofensivas também. Pelo menos, não vindas daquela boca meio-dia, carente de dentes e suja da gordura do almoço de horas atrás.
2 Comentário(s):
Rafa, vc continua escrevendo de maneira mágica: consegui visualizar perfeitamente a cena. pena q parece trecho de um longo romance. se bem q vc poderia desenvolver essa idéia, né?!
saudade de vc, meu querido e valioso amigo.
espero q esteja tudo bem.
bjo.
nãaao! não é pra comentar!
:o
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