Já são onze horas

Ando me sentindo assim nos últimos tempos. Me empolgando demais com quaisquer bobagens que eu leia ou que, de alguma maneira, me façam sonhar um pouquinho. Daí, com tantas outras coisas pra fazer, com tantas obrigações e com toda essa minha falta de destreza em me organizar e, realmente, ser produtivo, eu acabo por me perder completamente. Deixo coisas por fazer, sonhos reduzidos a sonhos e todo o tipo de inrealização.
Penso que seja preciso aprender a viver. Engraçado, talvez, pensar que eu julgo que não saiba ser feliz. Vivo momentos felizes e, analítico, penso todo o resto do tempo neles. Como buscá-los. Se eu me senti realmente pleno. Como todos são tão felizes consistidos nas suas habilidades inatas de estar bem. Vejo nos outros o desfrute de uma felicidade que possivelmente não vivam. Assim como se eu buscasse algo. Ou que já possua, sem querer, isso que não entendo.
O resto do tempo desperdiço sonhando sempre as mesmas coisas sem muita reflexão. Ou gasto me cobrando. Afinal, por mais que me esforce - considerando que eu poderia, quem sabe, me esforçar -, nunca deixei de ser aquilo que abomino.